Instituto Tadeu Cvintal

O glaucoma é uma doença silenciosa, que pode levar à cegueira irreversível. Existem diversas cirurgias que podem ser feitas no olho para controlar esta condição, e uma nova opção é as MIGS.

Existem vários tipos de glaucoma, cada um com suas particularidades e, por isso, demandam tratamentos específicos. As cirurgias atuais, apesar de eficientes, apresentam uma considerável lista de possíveis complicações, que no futuro podem afetar o paciente de forma negativa.

Avanços no tratamento do glaucoma

Durante muito tempo, o principal meio de prevenção do glaucoma foi o colírio, receitado sob prescrição médica. A cirurgia era indicada apenas quando o paciente parava de responder aos colírio e mesmo com o uso regular, a doença progredia. As cirurgias tradicionais são efetivas, porém invasivas, necessitando de uma recuperação mais prolongada.

Com o avanço da tecnologia, surgiram novas opções de cirurgias, cada vez menos invasivas, e que priorizam a segurança do paciente e uma pressão intra-ocular alvo mediana. Hoje em dia, se o paciente optar por não depender unicamente dos colírios prescritos, e tiver um glaucoma leve a moderado, ele pode contar com a MIGS.

O que é MIGS?

O termo MIGS significa “Minimally Invasive Glaucoma Surgery” ou, em tradução livre, Cirurgia de Glaucoma Minimamente Invasiva. Esse procedimento consiste em drenar o humor aquoso do olho com o intuito de diminuir a pressão intraocular (PIO) por meios mais fisiológicos.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, como a trabeculotomia por Kahook e iStent inject, a MIGS se tornou um dos meios mais eficientes de prevenir e curar o glaucoma, por conta de sua alta eficiência e baixos riscos.

O principal objetivo da MIGS é implementar a segurança e qualidade dos tratamentos contra o glaucoma e, assim, reduzir a pressão intraocular de modo que não haja recorrência. Cada tipo de MIGS é específico para cada tipo de glaucoma, e são levados em conta fatores como estágio da doença e estilo de vida dos pacientes.

As MIGS são recomendadas principalmente quando a doença já está em um estágio controlado, e o paciente já passou por outros tratamentos que não foram efetivos. O tipo de MIGS para cada caso será definida pelo oftalmologista junto ao paciente.

Tipos de MIGS

Cirurgia Trabecular
Grande parte da restrição da drenagem de líquidos do olho pode ser encontrada na malha trabecular. Assim, essa categoria tem como objetivo de realizar ablação deste item sem danificar os outros tecidos da drenagem ocular.
Existem diversas técnicas que podem melhorar a drenagem do humor aquoso:

 

Shunt trabecular: Um pequeno stent é implantado na área de restrição, o que aumenta a drenagem.
Trabeculotomia por Kahook: Um instrumento é utilizado para retirar de forma seletiva parte da malha trabecular.
Trabeculotomia utilizando micro-cateter ou fio de sutura: Esses dispositivos são introduzidos em um microcanal, e a parede da malha trabecular é retirada.
Remodelação da via de drenagem: Um microcateter é introduzido pelo canal de Schlemm. Esse cateter possui uma luz em sua extremidade, que deixa a cirurgia mais segura, e um orifício que solta material altamente viscoso que remodela a via de drenagem.
Shunt Suprachoroidal: Através de tubos minúsculos com pequenas aberturas internas , a frente do olho é conectada ao espaço supracoroidal para aumentar a drenagem de líquido do olho, contudo este instrumento foi retirado do mercado recentemente.

Benefícios das MIGS

As MIGS estão ganhando cada vez mais espaço no ramo oftalmológico e, aos poucos, está se consolidando como mais uma opção para o tratamento de glaucoma.

Através desses procedimentos, é possível:

  • Reduzir efetivamente a PIO;

  • Ter uma recuperação rápida;

  • Ficar livre de medicações contra o glaucoma.

As MIGS surgiram para resolver esse problema e entregar resultados cada vez mais satisfatórios através de tratamentos menos invasivos.

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